12/03/2025 - Financiamento Imobiliário.
O financiamento bancário continua sendo a opção de pagamento preferida para quem pretende comprar um imóvel no Brasil, apesar dos juros elevados. Segundo pesquisa realizada pela Loft, 36% dos entrevistados citaram essa modalidade como primeira escolha, seguida por programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida.
O uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e recursos próprios aparecem empatados em terceiro lugar, cada um com 21% das menções. Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, prevê que outras opções, como empréstimos bancários e consórcios imobiliários, ganhem mais espaço em 2025, devido ao aumento da taxa de juros no país.
A preferência pelo financiamento se reflete nos números do setor. A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) reportou um crescimento de 40,3% no volume de financiamentos com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) em janeiro de 2025, comparado ao mesmo mês de 2024, totalizando R$ 13,48 bilhões.
Nos 12 meses entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025, o montante financiado atingiu R$ 190,5 bilhões, um aumento de 26,7% em relação ao período anterior. Nesse intervalo, foram financiados 578,5 mil imóveis, representando um crescimento de 19%.
Apenas em janeiro de 2025, 38,5 mil unidades foram financiadas para aquisição e construção, um aumento de 36,5% em comparação a janeiro de 2024. Entretanto, a poupança SBPE registrou captação líquida negativa de R$ 20,3 bilhões no mês, fenômeno que a Abecip atribui aos gastos típicos do início do ano.
Apesar do crescimento expressivo, o cenário macroeconômico pode impactar o setor nos próximos meses. “A sensibilidade do consumidor em relação aos juros é muito alta e, em um momento de alta, os bancos costumam fechar a torneira do crédito”, alerta Carlos Honorato, professor de economia da FIA Business School.
O especialista acredita que todos os segmentos do mercado imobiliário devem sentir os efeitos do ambiente econômico atual, não apenas o financiamento bancário. “Os juros altos, o risco de inadimplência e redução do acesso ao FGTS e Minha Casa, Minha Vida criam um cenário de dificuldades para quem pensa em comprar um imóvel”, conclui Honorato.
Fonte: Fontes: Estadão e Infomoney
Esse site utiliza cookies para garantir a melhor experiência e personalização de conteúdo. Ao continuar navegando, você concorda com nossa Política de Privacidade.