Banco Central estuda liberar parte dos recursos da poupança e ajustar o SFH para ampliar o financiamento habitacional
O Banco Central do Brasil (BC) anunciou que pretende iniciar testes com um novo modelo de crédito imobiliário em 2026, com possibilidade de implementação definitiva em 2027. A iniciativa faz parte de um esforço conjunto com o setor da construção civil para ampliar o acesso ao financiamento habitacional diante da escassez de recursos no mercado.
A proposta foi discutida em reunião entre a diretoria do BC, incluindo o presidente Gabriel Galípolo, e representantes do setor, como Renato Correia (presidente da CBIC), Luiz França (Abrainc) e Ely Flávio Wherteim (Secovi-SP).
O novo sistema prevê que os bancos possam utilizar até 5% dos recursos atualmente retidos como compulsório da caderneta de poupança — ou seja, valores que hoje estão parados, mas que poderiam ser direcionados para operações de crédito.
Esse mecanismo funcionaria da seguinte forma:
Com essa proposta, haveria mais liberdade operacional para os bancos e um estímulo direto à ampliação da oferta de crédito no setor.
O modelo será testado inicialmente por um ano, atendendo a um pedido das entidades do setor imobiliário. A ideia é que a fase de testes ofereça segurança jurídica e operacional antes da eventual adoção definitiva da medida.
Segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), a sinalização positiva do BC foi bem recebida e representa um avanço importante para enfrentar a crise de funding, agravada por fatores como:
Outra demanda do setor é a atualização do limite de valor para imóveis financiáveis pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), atualmente fixado em R$ 1,5 milhão desde 2018.
Com a inflação e a valorização dos imóveis nos últimos anos, o setor pleiteia a elevação desse teto para entre R$ 2,1 milhões e R$ 2,4 milhões, o que permitiria o enquadramento de mais imóveis nas regras do SFH, com benefícios como taxas de juros mais baixas e uso do FGTS.
A possível liberação de parte dos recursos da poupança, aliada à modernização das regras do SFH, pode representar um novo fôlego para o crédito imobiliário no Brasil. A proposta é bem-vista por agentes financeiros, incorporadoras e compradores, pois promete mais crédito, menos burocracia e estímulo ao crescimento do setor habitacional.
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*Com informações de Estadão e Valor Investe
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